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Carlos Dourado - View my most interesting photos on Flickriver

domingo, 17 de janeiro de 2010

Alcochete, Freeport e algo mais

Ora, neste que será a minha primeira publicação no ano da graça de 2010, aproveito para desejar a todos os que têm a coragem de se dirigir a este sítio, um ano pleno de coisas positivas e tudo de bom.
Ontem, sábado, com a desculpa de visitar os tão fantásticos (ou não) saldos, dei por mim no tão polémico Freeport. Para aqueles que têm dúvidas, esclareço desde já que não encontrei o nosso primeiro por aquelas bandas... nem quaisquer familiares do dito. E, já agora, não vi nenhum casal homossexual a exultar pela recente conquista relativa ao casamento... como se não fosse castigo suficiente. Ou eles não sabem o que é um casamento, ou naquilo que uma grande percentagem deles resulta, ou então quem decide não sabe o que são gays... isto sou eu a divagar, porque casado (e bem) como sou, nada tenho contra a instituição, bem pelo contrário. Agora deixa sempre uma dúvida... quem irá vestido de noiva num casamento gay masculino? Enfim, podia passar horas nisto, mas tenho mais que fazer que andar nestas mariquices, por isso continuemos.
Bem, estava  falar dos saldos, que correram tão bem na primeira meia-hora, quando comprei a minha única peça de roupa (afinal não tão barata quanto quereria). A partir daí, limitei-me a seguir a vontade da cara-metade, ou seja, fiquei sentado nos corredores exteriores, à espera que a mais-que-tudo visse e revisse umas quantas lojas, com resultado, não sei se felizmente ou infelizmente, nulos... Fiquei a pensar na vida, naquilo que iria fazer depois da tortura dos saldos. Apetecia-me voltar aos cliques, e o motivo até estava perto. O tempo estava a ajudar, dado que estava ao ar livre, confortável com a temperatura e com a minha crescente careca seca. Bom sinal. Decidimos dar uma saltinho a Alcochete, propriamente dito.
Alcochete é uma vila que tem cerca de 16 mil habitantes, e que nos últimos anos assistiu a um crescimento espantoso, devido ao forte investimento na zona, e para onde muitos cidadãos da grande Lisboa se deslocaram, tendo em vista uma melhoria da qualidade de vida.  É também a sede da Reserva Natural do Estuário do Tejo, e possuiu um encanto natural muito característico. É banhada pelo rio Tejo, e a sua zona ribeirinha, além de uma gratificante caminhada, oferece uma esplendorosa vista sobre Lisboa e a ponte Vasco da Gama, obra notável bem conhecida de todos. Foi esse circuito que nos empenhámos em fazer. Munido da câmara, foi disparar ao que me justificava. O gozo crescia à medida que se avançava pelo Tejo.
Mas havia algo que me chamava: o pontão. Parecia que nos levava para longe, não para o meio do rio, mas para o mar, para o infinito. As nuvens que se amontoavam também ajudaram, porque a linha do céu quase se confundia com a linha da água. Brutal. A ponte, ao longe, definia a fronteira e marcava a sua posição no horizonte. As dezenas de pilares estavam admiravelmente lá ao fundo, criando uma envolvente fantástica. Aquele pontão é mágico. Os barcos que por ali repousam parece fazerem parte da paisagem, quase jurava que nunca dali tinham saído. Magnífico.
Continuando, após umas quantas capturas (nunca fico satisfeito), seguimos pela beira rio e depois voltámos.
Foi um belo passeio. Alcochete é fantástico, apesar de começar a achar algum exagero na densidade populacional que tem, actualmente. Espero sinceramente que não mude, e que no futuro, cá volte a fazer mais umas chapas, ou simplesmente a passear pela margem para me esquecer, me esquecer da vida que levamos e ser absorvido pelo Tejo, pelo pontão, pelo chilrear das gaivotas e as pessoas que ali estão e passam. Afinal de contas, estamos lá todos para o mesmo, certo?





Até logo...