Aqueles que me conhecem sabem que a minha perdição é a aviação. Principalmente a aviação civil. Aquelas maquinetas levezinhas que saem com tanta graciosidade do chão, se elevam e nos transportam. As sensações associadas são, para mim, fenomenais. A aceleração, o ganhar altura, as viragens, o tocar no solo ao descolar e a travagem, com inversão de motores e até, porque não, a turbulência... até disso gosto.
Claro que, se me perguntarem, direi que também penso que, ao entrar num monte de lata com asas, estou a colocar a minha vida nas mãos de duas pessoas que tal como todos, se enganam... enfim, um risco. Mas pensem: quando saímos de casa, atravessamos a rua para colocar o saco do lixo no contentor, não estamos também a correr o risco de levar com um qualquer condutor bêbado em cima, e que nos obriga a entregar a nossa alma ao criador?! Mesmo em casa, estatisticamente, há uma hipótese (mesmo infinitamente remota) de um meteorito nos cair em cima! Já nem falo no acto de viver, por si só. Isto funciona muito bem, mas de um pequeno segundo para outro, o que poderá acontecer? Todos sabemos...
Por isso, amigos, ainda prefiro meter-me num aviãozinho, forçar-me a sentir estas sensações únicas e arriscar. Sempre se sabe, quem não arrisca...
Até logo...
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