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Carlos Dourado - View my most interesting photos on Flickriver

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Tempo de reunir, tempo de amar

E com isto tudo, chegamos ao Natal.
Não sendo fervoroso adepto religioso, em relação a esta época (ou a qualquer outra, para dizer a verdade), apesar da minha educação cristã, sou-o no entanto em relação áquilo que toda a quadra natalícia representa. É tempo de consolidação da família, de reunião, de partilha com as pessoas que mais amamos, e ás quais devemos a vida e aquilo que somos.
Nesta época também há lugar (ou deveria haver) a um estado que, hoje em dia, se tornou um mito, quer no Natal, quer noutras épocas: o respeito pelo próximo, um estado de graça chamada espírito natalício, nome a propósito, já que subentende-se que se é um espírito, é invisível. Eu digo isto em tom de piada, mas na realidade não tem graça nenhuma. Todos sabemos que especialmente nesta quadra, o respeito pelo próximo, a benevolência e a compreensão desaparecem com as primeiras compras e as confusões que se instalam por todo o lado, no trânsito, na falta de lugares de estacionamento, enfim... pessoalmente tento estender os meus valores nesta época como em qualquer outra, mas que agora é mais difícil, admito que sim...não sou de ferro (surpresa!).  
É hora também de nos juntarmos à mesa com o intuito de encher a barriga de comida e doçaria tradicional (não dispenso o bacalhau, apesar de quando olho para o monte que existe no supermercado e imagino os milhões de bacalhaus que jazem em todos os pontos de venda e que deram a sua vida para nos acompanhar na consoada, vacilo). Claro que, consequência dos abusos alimentares associados, se criam as condições de aumentar pontualmente o colesterol e o valor que a balança apresenta. É fatal como o destino, mas é o que é... 
Ah, e as prendas! Para mim, a tortura da escolha, da dúvida (será que gosta? não gosta?), e o consumismo a que se associa a quadra... mas lá que tem piada ver a árvore bem rodeada de cor, embrulhos e afins, tem.

Estas linhas serviram apenas para descrever aquilo que o Natal é, e aquilo que é, para mim: tão simplesmente um momento de partilha, de empatia, de conversa, de lembrar quem já não está cá e recordar tempos passados, de rir com todos e encher de alegria quem mais nos ama, tempo de fazer balanços e projectos para o ano que vem, que simboliza a mudança (tão igual) e a dúvida do que nos esperará. É também esperança, esperança que daqui a um ano cá nos encontremos de novo, se não melhor, nunca pior, para de novo rirmos, comermos, conversarmos, partilharmos. Pelo menos ainda cá estaremos todos juntos, bem acompanhados e aconchegados nos corações da nossa família.

Queiram os meus amigos que lêem estas linhas ter o Natal assim , perfeito, perfeito, tal como eu o imaginei. E, se assim não for do vosso agrado, que o seja de algum modo, da maneira que o entendam, da maneira como vocês o vêem, porque assim será perfeito. Em suma: sejam felizes, seja como for, com quem for, neste dia como nos outros todos.

Um Natal feliz, são os meus votos sinceros.

E com isto tudo, chegamos ao Natal.

Até logo...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

À beira rio plantado

Bom, olá a todos. Enquanto vejo, no canal Holywood, pela 104ª vez o "Academia de Polícia 6", resolvi começar a empreitada de criar mais um post neste cantinho.
Ora, o que me passou pela cabeça foi relatar o que vivi no passado fim-de-semana: convidei os meus pais a virem até Setúbal, comer o belo do rodízio de peixe, no restaurante Bombordo. Não me querendo alongar a fazer publicidade gratuita (aos meus dois fiéis seguidores, ou outros que, por acidente, aqui caiam),  apenas quero dizer que recomendo, pela qualidade do banquete e do serviço prestado, que é muito bom, e a um preço bastante convidativo (era bom que o dono do restaurante lesse estas linhas e me gratificasse, de alguma maneira...).

Após o belo repasto, e para começar bem a digestão, resolvemos dar um giro pela zona ribeirinha de Setúbal. São momentos como este que me apercebo que, apadrinhado por esta cidade, e apesar da fama que granjeia, há algo de muito mágico que me diz que beleza e mística como a de Setúbal há poucas. Calcorreando junto aos barcos de pesca atracados, por entre gaivotas que gozavam um dia domingo puro, tão simples e tão igual ao outros dias, e as nuvens que pairavam sobre nós, tipo pintura num céu azul límpido. Fabuloso.Convido todos aqueles que não conhecem a virem cá, passear, namorar, viver. Vale a pena visitar um canto que as voltas da vida me levaram a conhecer melhor. Não se arrependerão.

Convido também a visitar as fotos deste dia, onde espero ter conseguido transmitir aquilo que senti. Se visitarem e sentirem alguma mística, é sinal que terei alcançado algum sucesso...





Agora deixem-me continuar a ver a Academia...

Até logo...

domingo, 6 de dezembro de 2009

Compras de Natal

Bom, quem me conhece minimamente sabe que as compras de Natal não são o meu forte. Aliás, tendo eu, profissionalmente, de passar muito do meu tempo diário em centro comerciais pelo nosso país fora, tenho legitimidade de ter algum grau de aversão aos mesmos fora do trabalho. Principalmente se a altura de andar nestes espaços for coincidente com o pico das compras de Natal.
Magotes de gente que se acotovela por entre os corredores, qual o metropolitano em hora de ponta. Filas intermináveis para pagar, outras para embrulhar, para comer, para sair do parque, enfim, todos sabem do que falo.
Porém, e como cidadão exemplar, também tenho as minhas responsabilidades e, com o tal,  tive de ir com a minha cara-metade começar as comprinhas para as pessoas que nos rodeiam e nos são mais próximas. O sítio escolhido foi o Almada Fórum.
Claro que, fazendo-me acompanhar da minha Nikonzinha, e já que íamos para aqueles lados, sugeri visitar, antes das compras, o emblemático Cristo Rei, de braços abertos para Lisboa e para o mundo, e que já não visitava desde há algumas décadas (como tal, poderemos considerar que foi quase uma primeira vez, visto a minha memória sobre o local já ser praticamente nula...), que foi aceite pela administração (leia-se esposa!).
Que fantástica vista sobre a ponte 25 de Abril (ainda acho que se devia chamar 21 de Abril, o meu aniversário, mas ainda não formalizei o assunto com quem de direito, pode ser que num futuro próximo), um ex-libiris de Portugal, imponente, vermelha, poderosa, esguia (posso ficar nisto o dia todo...).
E o Tejo? Suas águas a fluirem majestosamente por entre as duas margens, com os cacilheiros a deslizar calmamente, aquela paz...

Bom, após me perder na paisagem e fertilizar o cartão de memória da máquina com mais fotos, perdi também o amor a 4 euros (por pessoa) e subimos ao CR (não confundir com o CR9, é diferente, este não marca golos...também não se lesiona!). A única coisa que, até ao topo, nos deixou intrigados foi saber se estávamos em Almada, ou no Cristo Redentor do Rio de Janeiro e porquê? Porque as únicas duas funcionárias do monumento, a manobradora do elevador e a vendedora de "recuerdos", são brasileiras... foi por isso esta dúvida pertinente que a minha senhora me colocou (é por estas e por outras que eu gosto da fulaninha...). Enfim, subindo os últimos degraus, encontrámo-nos no terraço, a ser espicaçados violentamente por um vento de Sul que nada de bom traria, mas com uma vista de bradar aos céus.

Eu digo, para quem não foi, vale a pena lá ir, observar a cidade de Lisboa em toda a sua imensidão, o Tejo, as pontes sobre o Tejo, a margem Sul (até à Arrábida, com vista sobre Palmela e cabo Espichel), Sintra (apesar de não se conseguir ver o Palácio da Pena, por causa do tempo). Foram mais umas fotos, que vos convido a ver no meu flickr - link abaixo.

Por isso, depois da visita, das vistas, etc, lá nos deslocámos ao Almada Fórum para fazer as compras de Natal: foi mau à mesma, principalmente a partir da 2ª hora de permanência, mas quem diria? Sobrevivi!

Se conseguia fazer as compras de Natal sem ir ao Cristo Rei? Conseguir conseguia, mas não era a mesma coisa...

Boas Festas, que sejam uma quadra repleta de alegrias.




Até logo...